Supere desafios emocionais através da desesperança criativa
- Guilherme Affonso
- 23 de jul. de 2023
- 3 min de leitura
Atualizado: 21 de ago. de 2023

Na postagem anterior sobre dor física e dor psicológica explicamos que é um mau negócio tratar a dor psicológica como se fosse dor física, porque além de não dar para controlá-la, ou tentar se afastar acaba fazendo com que ela se intensifique e perdure mais tempo.
Nesse mesmo texto eu cito que é muito fácil isso virar uma espécie de vício, pois toda vez que a pessoa sente algum tipo de dor psicológica é quase automática a busca por tentar evitar a qualquer custo esse desconforto, entretanto fica a dúvida porque isso é um problema?
Imagine uma pessoa solteira em busca de um parceiro, essa pessoa está com 35 anos mais ou menos e se queixa de quem ninguém presta, não consegue encontrar ninguém legal e que já está de saco cheio de ficar sozinha, então eu pergunto o que aconteceu em seus últimos relacionamentos e ela me diz o seguinte:
"Sempre acontece a mesma coisa, saímos algumas vezes, parecemos nos dar bem, então as mensagens começam a ficar mais escassas e de repente paramos de nos falar"
Em seguida pergunto se ela chegou a dizer para a pessoa que gostaria que a comunicação entre os dois se mantivesse mais intensa ou se ao menos reclamou ou foi tirar satisfação quando a pessoa parou de entrar em contato.
Adivinhem a resposta? Ela diz que não falou nada, pois acredita que não deve se humilhar implorando migalhas de carinho das pessoas, que se imaginar fazendo isso a fazia se sentir envergonhada e que se for para estar em um relacionamento ele tem que ser reciproco naturalmente
Percebam que ela tem uma estratégia para lidar com a dor psicológica da vergonha e humilhação, ela simplesmente evita falar sobre suas necessidades de carinho e atenção dentro dos relacionamentos, no curto prazo o efeito dessa evitação é o alivio da vergonha que ela imaginaria sentir caso se abrisse, mas no longo prazo os efeitos dessa estratégia são desastrosos, pois ela vê todas as chances de um relacionamento dar certo ruírem sob seus olhos e acaba cada vez mais distante da vida que ela gostaria de ter.
Então pergunto o que ela acha que vai acontecer se ela continuar evitando falar sobre suas necessidades e se vulnerabilizar nos relacionamentos, nesse momento ela titubeia e com os olhos marejados diz que acabará sozinha, que tem muito medo desse ser seu futuro e que não quer mais agir dessa forma, mas não sabe como.
Neste momento, observe, a desesperança dela na estratégia de evitação da dor psicológica fica evidente, e aí se abrem inúmeras possibilidades de mudança, possibilidades de criarmos conjuntamente estratégias de enfrentamento que envolvem aceitação e ações compromissadas com a vida que ela deseja.
O nome dessa técnica é desesperança criativa, imagine o potencial dessa técnica sendo aplicada na sua vida, o ganho de consciência do que você vem repetindo insistentemente e que só tem empobrecido sua existência e o distanciado da vida que você gostaria de viver.
Esse é um pequeno exemplo de como a psicologia pode contribuir para que as pessoas possam vencer seus desafios emocionais, conseguir crescimento pessoal e ter uma vida que vale a pena ser vivida.
Caso queira se aprofundar mais sobre o assunto dê uma conferida em nosso episódio "DESLIGUE o Piloto Automático: 4 Armadilhas do Autoconhecimento Desvendadas".
Nos siga nas redes sociais e cadastre seu e-mail para ficar por dentro de todas as novidades
Comments